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31/10/2014

Glutamato pode contribuir para controle da obesidade

Pesquisas apontam que alimentos Umami promovem o aumento da saciedade

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São Paulo, outubro de 2014 - Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de pesquisas realizadas sobre o glutamato. A última descoberta envolvendo este aminoácido, principal substância que proporciona o Umami, quinto gosto básico do paladar humano, o aponta como uma possível alternativa no aumento da saciedade e, consequentemente, do controle de peso. Este aminoácido gera para o intestino energia e sinais através do nervo vago, responsáveis por esta sensação de saciedade.

Há alguns anos, pesquisadores descobriram que, além de possuirmos receptores para o glutamato na língua, eles também estão presentes no estômago e no intestino. ´´Graças a esta descoberta é possível afirmar que, ao chegar ao estômago, o glutamato ativa o nervo vago - responsável por levar ao cérebro a informação de que estamos ingerindo alimento de origem proteica.´´, afirma o professor da Universidade de Quito e Ph.D em imunologia e nutrição, Manoel Baldeón.

Estudos mais recentes têm sido feitos para comprovar esta teoria; estudo com bebês, crianças e mulheres. E, em todos, após a ingestão do glutamato, as pessoas submetidas à pesquisa, tiveram menor ganho de peso e melhores escolhas alimentares.

Leite materno

Em 2014, 65 mães equatorianas, adolescentes e adultas, foram submetidas a uma análise para avaliar a relação entre a qualidade do leite materno e a diferença de idade das mães. Na análise foi medida também a quantidade de todos os aminoácidos produzidos durante suas três fases: colostro (durante a primeira semana), leite de transição (da segunda à oitava semana) e leite maduro (da oitava à décima sexta semana). Conclui-se que não há diferença entre a qualidade do leite em relação à idade das mães, mas que em todos os casos a quantidade de glutamato presente no leite materno triplicou na última fase, quando comparada à primeira.

Para o especialista, Manoel Baldeón, amamentar o bebê exclusivamente com leite materno até o sexto mês de vida pode contribuir para a sua saúde, pois ´´o bebê ingere a quantidade ideal de nutrientes e aminoácidos. O glutamato, o aminoácido mais abundante no leite materno, contribui para o equilíbrio energético do bebê, ou seja, o ajuda a se sentir saciado quando já tem as calorias necessárias para seu desenvolvimento. Isso reitera a hipótese de que bebês que se alimentam de leite materno, são menos propensos ao desenvolvimento da obesidade´´, explica. Baldeón finaliza comentando que ´´se conseguirmos confirmar o indício que todas essas pesquisas demonstram, teremos uma substância Umami natural (glutamato) que poderá ser usada como aliada no combate à obesidade´´.

Gosto Umami
O gosto Umami é o quinto gosto básico do paladar humano e foi descoberto em 1908 pelo químico japonês Kikunae Ikeda. Porém, só foi reconhecido pela comunidade científica em 2000, quando pesquisadores da universidade de Miami encontraram receptores específicos nas papilas gustativas. O aminoácido ácido glutâmico e os nucleotídeos inosinato e guanilato são as principais substâncias que conferem o Umami. Queijo parmesão, tomate, cogumelos e carnes em geral são os alimentos que têm estas substâncias em grande proporção, e por isso possuem o quinto gosto de forma mais acentuada. As duas principais características do Umami são o aumento da salivação e a continuidade do gosto por alguns minutos após a ingestão do alimento.

Comitê Umami
O Comitê Umami Brasil é um grupo criado para discutir e divulgar temas relacionados ao quinto gosto básico do paladar humano, o Umami. O comitê tem relação direta com o Umami Information Center, organização sem fins lucrativos, dedicada a pesquisas sobre o tema.
portalumami.com.br


FONTE: Race Comunicação








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